jueves 25 abril, 2024
suscribete al newsletter

Marcadores biofísicos do Primeiro Trimestre

Introdução

O diagnóstico ecográfico das malformações fetais ou de alterações cromossômicas evoluiu sobremaneira na última década. Esta evolução é fundamentada em vários aspectos como melhora na qualidade de imagem dos equipamentos de ultra-sonografia com a utilização de transdutores endocavitários de alta-frequência, maior compreensão evolutiva da embriogênese e desenvolvimento das organogênese embrio-fetal, padronização das técnicas do exame e maior experiência dos operadores na realização do exame.
Na década de 90 introduz-se o «rastreamento biofísico», inicialmente realizado no ultra-som morfológico entre 18-24 semanas, exame este que em associação com a idade materna procura identificar alterações anatômicas no feto que possam estar associadas à alterações cromossômicas como trissomia 21, 18 e 13, mas também identificar possíveis anomalias anatômicas classificados como marcadores maiores ex: defeito do septo atrio-ventricular ou sinais específicos também conhecidos como marcadores menores ex: foco ecogênico.
O Prof. Kypros Nicolaides na década passada postulou que o acúmulo de fluído na região da nuca fetal (figura 1 e 2) comumente chamado de translucência nucal (TN) está associado a um aumento do risco para identificação das trissomias 21, 13 e 18. Cerca de 80% dos fetos com aneuploidias tem a medida da TN aumentada (acima do percentil 95°), porém estes achados associados a 5% (falso positivo) de fetos com cariótipo normal (Snijiders, 1998). O entendimento da organogênese fetal neste período da gestação nos trouxe uma nova realidade, o diagnóstico no primeiro trimestre de malformações anatômicas, que podem ser isoladas ou associadas à aneuploidias e/ou síndromes genéticas.

Recomendamos que o ultra-som morfológico de primeiro trimestre seja encarado como um exame muito importante, pois nesta fase da gestação a qualidade das imagens é muito boa pois utilizamos preferencialmente a via transvaginal com transdutores de alta frequência, bem como a avaliação sistematizada dos orgãos fetais, com a possibilidade de diagnósticos (tabela-1) antes somente realizados no segundo trimestre.
A utilização do Ducto Venoso (DV) vem sendo estudada desde 1996 principalmente pelo grupo do Prof. Dr. Nuno Montenegro (Portugal) e é um método bastante importante nos fetos com TN aumentada para identificação de anomalias cromossômicas e cardiopatias congênitas. A medida da TN acima do percentil 95° e DV com onda A ausente ou reversa (figura 3) está associada à cardiopatias graves e resultados perinatais adversos. Porém os trabalhos mais recentes ainda relatam que não existe um valor significativo nos casos com TN normal e DV anormal.
O osso nasal (figura 4) é o mais novo modismo, porém devemos ter cuidado pois é exige cuidado na obtenção de cortes adequados para sua avaliação, e não tem correlaão com os valores das medidas da TN, portanto sendo importante definir se o osso nasal está presente, ausente ou hipoplasico. Na trissomia 21 cerca de 70-75% dos casos apresentam osso nasal ausente ou hipoplasico, sendo um marcador isolado.

Como realizar o exame entre 11-14 semanas?

Via de acesso: via abdominal ou transvaginal (preferencial)
É poca do exame: entre 11 e 13 semanas e 6 dias ou quando o Comprimento-Cabeça-Nádegas (CCN) estiver entre 45-85mm.
Considerações sobre o exame: O exame é um estudo morfológico no primeiro trimestre (vide tabela-1), onde faz-se uma avaliação minuciosa da anatomia fetal, incluindo-se também o mapeamento o estudo funcional circulatório fetal (Doppler artéria umbilical, Ducto venoso e Válvula Tricúspide). Neste momento estudamos o colo uterino (comprimento do colo uterino e sinais de dilatação), e também a avaliação das artérias uterinas.
Deve-se ter em mente que este exame é um estudo complexo da anatomia e fisiologia fetal, que tem como finalidade o rastreamento de aneuploidias e malformações fetais de forma precoce. Após o estudo ecográfico conversamos com o casal e informamos os riscos estatísticos de associação com aneuploidias e como prosseguir com o acompanhamento ecográfico durante a gestação.

Cortes Padronizados no estudo anatômico no primeiro trimestre

Discussão

Como sabemos o aumento da medida da TN acima do percentil 95° está associado à anomalias cromossômicas (trissomia 21, 13 e 18), mas também com aumento da mortalidade perinatal, associação com cardiopatias congênitas, outras malformações anatômicas, sindromes genéticas e infecções congênitas.
Devemos considerar alguns aspectos éticos que devem ser aplicados no rastreamento do primeiro trimestre. Este exame é realizado em filhos muito desejados e esperados e aguardado como saudáveis, porém observamos ao longo destes quase dez anos realizando o rastreamento no primeiro trimestre, especialmente com a introdução da medida da translucência nucal uma dificuldade muito grande na compreensão do casal e do médido solicitante na interpretação dos resultados do exame.
O rastreamento realizado no primeiro trimestre é considerado um rastreamento complexo pois envolve uma série de variáveis tanto maternas (ex. idade) e do ambiente fetal (ex. CCN, TN, cardiopatias congênitas, gestação múltipla), todos estes dados são analisados para estabelecer-mos um risco estatístico para associação com aneuploidias.
Nosso papel como médicos que realizam exames complementares é o de promover ao casal e médico assistente, o aconselhamento morfo-genético que deve ser não diretivo, imparcial, conter informações sobre riscos estatísticos (ex: risco para trissomia 21 de 1em 450), e estar sempre respaldado em dados publicados na literatura. Mesmo tomando todos estes cuidados à compreensão e expectativa da paciente ou casal pode tomar rumos que não desejamos, como aumento da ansiedade e até mesmo negação de nóticias adversas.
O presente e futuro é a realização do diagnóstico precoce das aneuploidias e malformações fetais, especialmente entre 11-14 semanas, mas para isso devemos estar muiot bem preparados não só para o diagnóstico mas também sabermos lidar com os resultados deste processo de rastreamento.

suscribete al newsletter

Artículos relacionados

Mindray Presenta Innovaciones en Equipos Médicos en el ECR 2024

Desde el prestigioso Congreso Europeo de Radiología en Viena, tuvimos el honor de conversar con Rodrigo Jesus, representante de ventas de Mindray Brasil, sobre...

Esaote Presenta Innovaciones de Vanguardia y Rebranding en el ECR 2024

Desde el piso del Congreso Europeo de Radiología en Viena, tuvimos el privilegio de entrevistar a Giampaolo Bonaldi, Gerente de Marketing de Downstream para...

GE HealthCare Ultrasonido en la RSNA 2023

Durante la RSNA 2023 en el stand de GE HealthCare charlamos con Mariana Vieira, responsable para la línea de General Imaging y Primary Care...

Radiología de Vanguardia y Colaboración con Grupo Diagnósti-k en Hospital Joya Guadalajara

Una charla con la Dra. Martha María Ruíz Ballesteros Entrevistamos a la Dra. Martha María Ruíz Ballesteros, Jefatura del Servicio de Radiología e Imagen en...

Seguinos

2,319FansMe gusta
0SeguidoresSeguir
1,324SeguidoresSeguir

MÁS LEIDOS