O Boletim do CBR acabou de receber os números oficiais do XXXIV Congresso Brasileiro de Radiologia, realizado nos dias 12 a 14 de novembro de 2005, na cidade de Brasília (DF), organizado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e pela Sociedade de Radiologia e Diagnóstico por Imagem de Brasília.
O evento recebeu 1.331 Médicos e técnicos (pagantes), 102 Professores e Diretoria CBR. A distribuição por estados e regiões ficou assim disposta:
Região Sul: RS 36; SC 33; PR 30 – Total: 99
Região Sudeste: ES 20; MG 113; RJ 83 – Total: 216
São Paulo: 212
Região Centro-Oeste: DF 318; GO 101; TO 9; MS 9; MT 11 – Total: 448
Região Nordeste: BA 109; PB 24; PI 21; SE 9; MA 18; CE 27; AL 21; RN 21; PE 48 – Total: 298
Região Norte: AC 2; AM 12; RO 5; AP 5; PA 34 – Total 58.
Os professores não foram distribuídos por estados. Podemos ver que o congresso atraiu médicos de todos os estados brasileiros. Esse fato tem importância geográfica, na medida em que é mais fácil para o colega do Amapá, Roraima, etc. vir à Brasília. A Comissão Organizadora em nome do Dr. Manuel Aparecido Gomes da Silva agradece a todos o apoio e a participação.
Parte Científica
A preocupação da Comissão Científica foi de organizar uma programação do mais alto nível, intensa e forte do início ao fim, com excelentes professores, temas que abrangessem desde o básico até o que se faz de mais atual em diagnóstico por imagem. Isso foi alcançado na medida em que tivemos uma freqüência muito boa em todas as salas. A única exceção foi o curso de técnico de raios X, em que esperávamos 60 pessoas e tivemos menos. Não podemos dar destaque a um curso em especial, pois todos tiveram nível excelente, atestado por todos que assistiram as aulas e nos transmitiram os elogios.
Uma das novidades foi a CCRP Júnior, onde radiologistas jovens (com menos de 40 anos e mais de 5 anos de formados) tiveram a oportunidade de estudar e apresentar um caso, nos mesmos moldes da CCRP Sênior. Foi muito bom o resultado.
Outra novidade foi a apresentação dos trabalhos sob a forma de painéis eletrônicos, a exemplo do que já é feito no Congresso Europeu e será feito no Congresso Mundial de US, na Coréia, em maio próximo. Tivemos algumas dificuldades iniciais na adaptação do regulamento de apresentação dos trabalhos, as quais fomos resolvendo à medida que apareciam. Consideramos o resultado muito bom, pois apesar de ser a primeira experiência, tivemos 250 trabalhos inscritos selecionados.
Essa forma de apresentação traz muitas vantagens como facilita o estudo porque foram colocados 32 computadores à disposição dos congressistas e um funcionário à disposição para orientação e esclarecimento de dúvidas. O médico podia acessar todos os trabalhos de forma independente e rápida. Os trabalhos ficarão à disposição para consultas após o Congresso no site do CBR (na forma tradicional ele só pode ser visto durante o Congresso).
Os trabalhos foram separados por área. Todos os trabalhos de cada área foram julgados pelos mesmos três professores (especialistas naquela área), o que proporciona um critério mais uniforme de julgamento. Os melhores trabalhos de cada área foram selecionados e seus autores foram convidados para fazer a apresentação oralmente, em horário nobre, no auditório em que estava sendo estudado aquele tema (p.ex.: Trabalho de neuro, apresentado na sala de neuro).
Outra vantagem é a financeira porque para a pessoa que apresenta o trabalho, significa grande economia, na medida em que não precisa gastar aproximadamente 350,00 para a impressão do painel. Também não tem o transtorno de trazer os tubões com o trabalho e levá-lo de volta após o Congresso, sem utilidade. A Comissão Organizadora também economiza em espaço e em dinheiro, não tendo que montar toda a estrutura para a fixação dos trabalhos impressos. O Convite para a apresentação oral já constitui uma honraria. Essas apresentações receberam um certificado especial.
Essa forma ainda traz uma vantagem excepcional: no sistema tradicional, o autor manda inicialmente um resumo do trabalho, que na verdade é um projeto do trabalho. Se ele for aceito, o autor desenvolve o trabalho e leva ao Congresso. A seleção dos trabalhos dessa forma é bastante falha, sendo recusados trabalhos excelentes (cujo resumo/projeto não expressou a qualidade) e aceitos trabalhos medíocres porque o projeto induzia esperar outra coisa.
No sistema de painel eletrônico, o trabalho é enviado pronto para a análise, aceitação ou recusa. A avaliação inicial é feita por uma Comissão local. Se aceitos, são enviados para o julgamento. Como em tudo que está em início deve ainda ser aperfeiçoado, o que é necessário a colaboração de todos.
Segundo o Tomaz, funcionário do CBR responsável pelo site e que acompanhou a consulta aos trabalhos durante o Congresso, a idéia teve 70% de aprovação. As restrições foram feitas por radiologistas idosos e que não se adaptaram a tecnologia computadorizada.